Metaverso e Web 3.0: Entenda o que é e como as empresas estão lucrando
Você já ouviu falar em Metaverso e Web 3.0? Se a sua resposta for não, é possível que ainda não esteja acompanhando as mudanças que estão em curso no mercado global.
Esta transformação digital vem acontecendo porque a tecnologia se consolidou como a maior aliada dos negócios, modificando todos os seus processos para o online: o que antes se alinhava com alguns setores, agora, é a realidade em praticamente todas as atividades de uma empresa.
Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre estas novidades tecnológicas, como elas estão ocorrendo e como o impacto tem sido positivo para quem está saindo na frente na inovação.
A evolução da web
Lá em 1994, quando o cientista britânico Tim Berners-Lee inventou a World Wide Web, o próprio previu uma terceira geração da web completamente semântica: uma vivência digital onde os computadores reconheceriam o sentido dos conteúdos e seriam codependentes dos seres humanos.
Como estamos falando de uma transformação em curso, é muito importante analisar o histórico da web para entender quais são os caminhos ela está tomando. Vamos lá?
Web 1.0
A primeira versão da internet foi até o ano 2000, sendo reconhecida por uma dinâmica de interação 100% estática, bastante focada na leitura e movida pelas dificuldades de um acesso à internet discada, onde o e-mail era o único meio de comunicação.
Sua utilização comercial praticamente se limitava aos veículos de mídia e empresas que enxergavam uma oportunidade de divulgar seus negócios naquele ambiente, afinal, nem a monetização de tráfego existia.
Web 2.0
A partir dos anos 2000 tivemos a segunda geração da internet, o que para muitos ainda pode ser a realidade. Isso porque ela se deu juntamente com o advento das redes sociais, a transição dos celulares para smartphones e o surgimento do comércio online, o e-commerce.
Todas essas novidades são mudanças que vivemos cotidianamente, formatando esta como uma era de experiências mais interativas, com sua organização cada vez mais controlada por plataformas e infraestrutura estabelecidas pela nuvem e o mobile.
Enfim, a Web 3.0
Nenhuma característica tem definido tanto a transformação da Web 3.0 como a descentralização.
Aqui, o armazenamento em servidores está ficando para trás: agora, as informações estão em localizações diversas, descentralizando o controle de dados que antes eram guardadas por gigantes da tecnologia, como Google, Meta e Amazon, oferecendo um maior poder de gestão aos próprios usuários, um alinhamento tecnológico coerente ao estabelecimento jurídico da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ao redor do mundo.
Um dos maiores exemplos da descentralização é o próprio Blockchain, tecnologia popularizada no universo financeiro das criptomoedas, que armazena qualquer informação sem a necessidade de um intermediário central.
A inteligência artificial, através da Machine Learning (ou Aprendizado da Máquina) também é outra mudança que faz parte da Web 3.0. Com essa tecnologia, softwares se tornam mais eficientes para encontrar padrões e organizar os dados à medida em que os armazenam, estabelecendo uma realidade em que processos serão cada vez mais conduzidos sem a interferência humana.
Assistentes de voz, como Alexa (Amazon) e Siri (Apple), são exemplos de tecnologias que estão aperfeiçoando o processamento de linguagem natural para auxiliar seus usuários no dia a dia.
Mas a mais impactante dessas mudanças, que está transformando o olhar do mercado e apontando para o futuro é, sem dúvidas, é a realidade virtual ambientada, conhecida como Metaverso. Vamos entender mais sobre a maior revolução tecnológica deste século?
O que é o Metaverso?
Muitos tentam tornar a definição do que é o Metaverso numa única forma, mas a verdade é que a experiência que cada usuário tem dentro dele nos oferece um leque de possibilidades. Isso porque o Metaverso é uma tecnologia que foi criada para literalmente se viver.
Seja uma sala de aula, um empreendimento em obras, um auditório de reuniões, ou uma loja de grife: tudo pode estar no Metaverso e todos podem imergir nele, basta o usuário criar um avatar, que nada mais é do que uma representação gráfica dele no Metaverso, para interagir com o todo – incluindo outras pessoas – numa experiência bidimensional via computadores e smartphones, e tridimensional pelos óculos de realidade virtual.
O Metaverso não está chegando no mercado e na vida das pessoas para competir com a nossa realidade, mas sim, com o intuito de complementar nossa vivência em um ambiente virtual e aberto a experiências imersivas e potencializar a viabilização de diversos modelos de negócio.
O Metaverso e a recepção do mercado
As expectativas de que o Metaverso será a nossa próxima disrupção digital é diretamente proporcional aos recursos que investidores estão provendo para impulsioná-lo, afinal, novas oportunidades de crescimento em muitos segmentos surgirão à medida em que sua estruturação for consolidada.
Até então, grandes empresas de tecnologia estão saindo na frente nestes investimentos. Para se ter uma ideia, R$ 120 bilhões foram investidos no Metaverso, apenas no primeiro semestre de 2022!
Agora que já entendemos o que é o Metaverso e o impacto crescente que ele ainda vai provocar no mundo dos negócios entre os próximos anos, você pode estar se perguntando “o que uma empresa pode fazer no Metaverso?”, não é? Pois fique sabendo que exemplos de grandes marcas não faltam para você se inspirar. Confira abaixo:
TIM
Em janeiro de 2022, a operadora abriu sua primeira loja física em um espaço virtual totalmente ambientado como no mundo real. Os consumidores trafegam normalmente, como fazem na loja física, e são direcionados para o site de vendas da TIM caso se interessem por algo.
Gucci
O universo da moda não fica para trás quando o assunto é inovação. A grife italiana Gucci vendeu a versão digital da bolsa Dionysus por US$4.115 no formato de NFT (token não fungível), um valor mais alto que o acessório era comercializado nas lojas físicas.
Renner
A entrada da loja de departamento do Metaverso foi através do jogo Fortnite, onde ela inaugurou a sua primeira loja para que os jogadores pudessem incrementar o guarda roupa dos seus avatares por lá mesmo.
Stella Artois
A famosa cerveja belga, que sempre foi patrocinadora de corridas de cavalos premium, não ia deixar de fazer o mesmo no digital: atualmente ela é uma das marcas que patrocinam a ZedRun, uma plataforma de competição de cavalos no Metaverso, via Blockchain.
Como levar minha empresa para o Metaverso?
Depois de entender como as transformações digitais em curso estarão modificando não só o nosso jeito de viver, como a nossa forma de fazer negócios – e principalmente quanto ao impulsionamento de faturamento – fica difícil não se imaginar imerso no Metaverso e explorar novas possibilidades.
Como bons curiosos e estudiosos sobre tecnologia e inovação, a dica que nós te damos é seguir aprofundando o conhecimento sobre o assunto. O Metaverso vive atualmente um nível de progresso e entusiasmo que está sendo muito frutífero para quem já acompanha essa novidade disruptiva há alguns anos. Por isso, fique de olho nas atualizações destas tecnologias e esteja atento às mudanças para você e a sua empresa não ficarem para trás.
Se você já despertou para o mundo de possibilidades que é o Metaverso, continue acompanhando a Antares aqui no site, no LinkedIn e Instagram, porque muito mais novidades sobre o assunto vêm por aí!